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Deepfakes vão tomar o mundo!

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Uma combinação de Big Data e Inteligência Artificial pode mudar a indústria do audiovisual como a gente conhece. Alguns dizem que pode até transformar toda a nossa percepção do que é ou não real.  Outros falam que é a democratização dos efeitos especiais. O fato é que existem negócios que já estão faturando milhões com isso. E aí, o que você sabe, de verdade, sobre os deepfakes e sobre a tal da mídia sintética?

WTF is this?

Primeiro, umas explicações: deepfake é uma técnica que usa o deep learning para criar mídia extremamente realista – principalmente vídeos, mas pode ser imagens e áudio. A tecnologia tem sido usada para combinar filmes ou para recriar vídeos a partir de imagens (e filmes) que já existem. Os resultados podem ir desde um vídeo de brincadeira que coloca Elon Musk no papel principal de Interestelar até um que mostra um discurso 100% falso de Barack Obama – que emula as expressões, a postura, a voz e a entonação do ex-presidente dos Estados Unidos.

Bad reputation

Se você pudesse criar qualquer vídeo que quisesse, com qualquer ator, atriz ou celebridade do mundo, que tipo de filme faria? Alguns fariam uma série de entrevistas com Salvador Dali. Outros fariam pornografia. Não é mera coincidência que o segundo grupo de pessoas foi, exatamente, aquele que apresentou a tecnologia para o mundo lá em 2017, o que ajudou a dar uma má reputação aos deepfakes. Tanto que a parte do mercado que utiliza a técnica “para o bem” decidiu renomeá-la de “mídia sintética”.

Reality check

No mercado da “mídia sintética” existem dois lados: aqueles que produzem e os que detectam. Do lado das que criam, quem se destaca é a Synthesia, a responsável por fazer aquele vídeo estrelado por David Beckham que a gente comentou aqui na semana passada. Há alguns dias, a startup recebeu investimento inicial de US$ 3 milhões. Segundo o chefe da empresa britânica, a solução consegue elevar a capacidade das empresas em criar vídeos em até 10 vezes com apenas 10% do custo de uma “produção convencional”. “Uma pequena empresa pode criar um novo vídeo tipo entrevista na sua tela e fazer com que ele seja entregue em 48 horas”. Do outro lado, temos companhias como a Truepic que usa dos mesmos algoritmos que fazem imagens “fake” para detectar se as fotos publicadas são ou não reais. E tem bastante gente apostando nesse modelo: e a Truepic têm mais de US$ 10,5 milhões de funding.

Strike a pose

Fotos e sons também são produtos da tal “mídia sintética” Uma empresa levou a ideia daquele site “This Person Does Not Exist” (que reúne fotos de rostos geradas por AI) para o mundo fashion e criou uma “agência de modelos sintéticos”. Isso mesmo, os modelos mostrados pelo “book” da DataGrid foram feitos usando machine learning. Já outra startup, a Modulate recria vozes a partir de dados já existentes, em outras palavras, ela consegue fazer você falar qualquer coisa. No último mês, a startup levantou US$ 2 milhões em seed funding!  Ainda nesse mundo do áudio, vale citar o Projeto Revoice” da Lybebird, que está gravando  pessoas com esclerose lateral amiotrófica, para que elas continuem falando, mesmo após a perda da voz com a doença.

Nothing is real, and nothing to get hung about..

O que as startups mostram é que entre lutar contra e reproduzir a tecnologia sem pensar, existe o caminho do meio: coexistir com os deepfakes. Talvez seja essa a melhor saída quando falamos de inovação!

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