Morse News
O Superpoder dos SuperApps
O Superpoder da Segmentação
Quantas vezes você já trocou a disposição dos aplicativos no seu smartphone? Fale a verdade: é mais fácil você apagar um app do que tirá-lo do lugar onde está no celular. Agora, imagine se eles pudessem ser organizados de maneira inteligente e que eles mudassem de acordo com a sua necessidade ou uso deles? Esse tipo de tecnologia já existe, mas no mundo Mobile chamam de outra coisa. Chamam de “super-apps”.
Mutação ativar!
Um super-aplicativo, ou “super-app”, basicamente, concentra vários serviços em um único espaço móvel. A diferença fica no detalhe da inteligência artificial: quanto mais o usuário escolhe serviços dentro desse app, mais ele entende como personalizar a sua tela principal a ponto de prever quais tipos de ação o usuário prefere ali. É a reciprocidade vista ao vivo! Nesse sentido, tais apps ganham na ineficiência dos sistemas operacionais em personalizar as telas.
O mundo possível
Esse é o momento em que os mais versados em Mobile devem achar que iremos falar do WeChat. Mas a gente vai se ater à realidade brasileira, uma vez que o Brasil, como a China é um país cheio de especificidades. Uma delas? O brasileiro prefere smartphones de R$ 1,1 mil. . O brasileiro baixar muitos aplicativos: são 70 apps por ano, mas apenas 30 sendo utilizados, segundo o AppAnnie, mas é a segunda maior taxa de desinstalação de apps segundo o AppsFlyer. E mais: só 20% dos brasileiros sabem o que significa um superapp. O que significa que se a gente vai discutir sobre esses apps, temos que pensar no que já é possível na nossa realidade.
Pago para ver
O pagamento Mobile é um dos caminhos para unificar a experiência do usuário em um aplicativo, é o que o Mercado Livre fez. Segundo especialistas, o app do Mercado Livre já é “um super app faz tempo”, já que concentra compras, pagamentos, classificados e mensagens em uma única plataforma. A Cielo foi no mesmo caminho de criar um único espaço para serviços financeiros com o seu “Cielo Pay”, aplicativo que começará a funcionar para o público geral no meio de outubro. “É importante dizer que o segredo do super app é o pagamento”, disse o VP de produtos e Marketing da Cielo, Danilo Caffaro, há alguns meses. Nessa mesma época, o CIO da Cielo, Danilo Zimmermann ainda falou: “É óbvio que todos querem ser esse superaplicativo. Quem vencer terá que trazer programa de lealdade, programas de ofertas, segurança. Estamos em um momento de abertura, por enquanto, quem ganha é o usuário”.
Multiuso, mas com foco
Na mesma pesquisa que indicou que 20% dos brasileiros conhecem o conceito de superapp, 20% afirmaram que baixariam uma plataforma desse tipo imediatamente e 25% falaram que fariam download de um app assim para poupar espaço em seus celulares.Entre as ferramentas mais procuradas pelos brasileiros, as principais são troca de mensagem, serviço de compras e delivery. Logo, há muito espaço para expandir para áreas que não sejam apenas de pagamento. É o caso da UmClub, que está migrando de plataforma de pagamentos mobile de shoppings para oferecer um superapp de serviços ligados ao segmento.
Thank you, next!
A saída de fazer super-apps segmentados pode fazer mais sentido do que concentrar tudo em um ambiente tudo, como é o caso do WeChat chinês. Um super-app “de casa”, que concentra serviços como QuintoAndar, Marido de Aluguel e um market place de lojas de móveis, bem como classificados de pessoas que fazem frete. Faria sentido do ponto de vista das empresas, que podem achar a audiência junta num lugar, e para os usuários, que podem ter um serviço completamente personalizado ao que precisa. Dá para pensar num desses para cada setor: um super-app de shows e cinema, um apenas para futebol – que reúne notícias e espaços para comprar ingresso. O que nos leva a….
E se…?
Cenário posto, então vamos a uma pequena digressão: e se uma operadora grande como a Claro comprasse uma participação no Rappi – outro exemplo de superaplicativo? Atualmente, o ARPU – ou “receita média por usuário” da telco é de R$ 18, o que poderia significar para esse número se cada pessoa que utiliza Claro também trouxesse a receita a partir dos serviços do Rappi? Pensando que o maior desafio das operadoras do mundo Mobile é conseguir converter o uso massivo dos celulares em receita real, não é tão fora da casinha imaginar que uma telco se beneficiaria de uma aquisição desse porte. Isso sem contar que quem controla os serviços, controla os dados gerados por eles… E se?!
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