Facebook e Apple na #DataWar
1/ Facebook pode processar a Apple por postura anticompetitiva
A semana já começa com mais um capítulo do #DataWar, e aqui a briga fica entre os gigantes. O Facebook está preparando uma série de documentos legais para processar a Apple por conduta anticompetitiva por causa das mudanças de privacidade do iOS. E mais, durante apresentação para o mercado, Mark Zuckerberg falou que o seu maior competidor era a Apple, e criticou duramente as novas regras de privacidade anunciadas por Tim Cook para o iOS 14. “Os negócios da Apple estão bem focados em ganhar o share dos apps e dos serviços e isso vai contra a gente e outros desenvolvedores. A Apple tem todo incentivo para usar a sua posição como plataforma dominante para interferir com o trabalho dos nossos aplicativos e outros apps, o que eles regularmente fazem para favorecer os seus próprios apps”. E como a fala estava um pouco dura, ele continuou: “Com as mudanças do iOS 14 muitos pequenos negócios não vão conseguir chegar aos seus clientes com ads. Agora, a Apple pode dizer que eles fazem isso para ajudar as pessoas, mas o movimento é claramente seguindo os seus interesses competitivos”. Tim Cook retaliou. Bem, do jeito dele…
2/ Mudança do IDFA ficará para o começo do segundo trimestre, diz AppleOutro episódio da #DataWar: a Apple prometeu que a mudança do sistema identificador voltado para ads, o IDFA (tem um LearningCast sobre isso aqui), do iOS, ficará para o começo do segundo trimestre. A antiga data da atualização seria no final do ano passado, mas a Maçã adiou por pressão do setor. Na época, eles falaram que só iriam trocar o sistema assim que o segmento estivesse pronto para absorvê-lo. mas não é o que aparece ter acontecido, os desenvolvedores do setor de Mobile Ads seguem um pouco perdidos, segundo o AdExchanger, eles estão tendo que criar aplicativos falsos apenas para entender como a SKAdnetwork da Apple funciona. Já o Google informou que abandonou o IDFA dos seus aplicativos do iOS.
3/ Startups testam blockchain para limitar o poder das Big Techs Empresas como a LIBRY, que criou uma versão do YouTube utilizando o sistema descentralizado do blockchain para garantir a qualidade do conteúdo, estão crescendo dentro do Vale do Silício. A ideia aqui é criar alternativas a serviços e redes sociais das Big Techs utilizando os protocolos descentralizados do blockchain e, assim, fugir dos algoritmos únicos e das moderações duvidosas das redes.
/Following UpNovidades dos assuntos que já temos acompanhado por aqui
4/ Novos Cookies já estão no fornoA #DataWar teve muitos capítulos esta semana, e um deles foi o anúncio do Google de que o sistema alternativo que ele está criando para os Cookies, os FLoCs [Federated learning of cohorts, ou aprendizado federado em grupos], tem 95% de conversão em comparação com os cookies. Os Flocs funcionam a partir da análise de gostos de grupos de pessoas. Para parte do mercado, ainda há muita dúvida com relação a este número, já que é uma abordagem menos personalizada dos ads digitais. Um executivo, inclusive, chegou a twittar: “eu acredito que eles usaram a metodologia GSS – Google Says So”…
5/ Tesla planeja licenciar seu software de direção autônoma para outras montadorasA tese de que a Tesla está construindo o iPhone de rodas fica cada vez mais forte: a empresa afirmou que já está conversando com montadoras para licenciar o Autopilot, seu programa de direção autônoma. De acordo com Elon Musk, no entanto, “a filosofia da tesla não é de criar walled gardens”.
6/ WhatsApp Pay pode ter o Pix e receber autorização ainda neste semestreDe acordo com Paulo Caffarelli, CEO da Cielo, o WhatsApp Pay, sistema de pagamento da Cielo em parceria com o WhatsApp, está próximo de receber a autorização do Banco Central para operar, e deve ser lançado até o final do primeiro semestre deste ano com um sistema integrado ao Pix. Enquanto isso, o BC já informou algumas atualizações do próprio sistema do Pix, que vai passar a incluir contas-salário e um mecanismo de devolução de dinheiro.
/Coming Up
Radar do Morse sobre novas tendências, produtos e serviços
Assim como a Amazon apostou em Ads, a rede norte-americana fechou parceria com a TradeDek para criar a sua própria DSP, que vai operar em todo o seu portfólio digital e físico. Além disso, o Walmart renomeou o seu grupo de Mídia como Walmart Connect para unir, de fato, todos os seus canais – como o aplicativo, o site e o sistema de pontos da empresa, o Walmart+. Vale lembrar que outras empresas também seguem o caminho de criar seus próprios canais para marcas falarem com suas audiências como a Tripadvisor, que lançou sua DSP no final de 2019 e a CVS que lançou a sua em agosto do ano passado.
8/ PicPay cria área de ads e vai investir em mensagensEm terras nacionais também tem novos entrantes de olho em Ads. A PicPay está olhando para dois mercados em 2021: o de mensagens e o de ads. Em entrevista ao Neofeed, o fundador e vice-presidente da empresa, Anderson Chamon afirmou que a companhia quer transformar o “transacional em conversacional”, e vai implementar mais ferramentas de transações P2P e até mesmo uma de mensagem, como o WhatsApp. A PicPay pretende aproveitar os 300 milhões de sessões por mês no seu feed para fortalecer a área interna de ads. “Queremos o mercado do Facebook e do Google, afirmou o CEO da PicPay, José Antônio Batista.
9/ Facebook planeja criar ferramenta de publicação e monetização de newslettersInspirada pelo sucesso da Substack, e de olho no movimento de produtores de conteúdo buscando novas plataformas de distribuição e monetização, a rede social planeja criar uma ferramenta voltada para criadores independentes de conteúdo enviarem e monetizarem a partir de newsletters. O lançamento pode acontecer no começo do segundo semestre deste ano. Lembrando aqui que o Twitter comprou a Revue, plataforma de envio de newsletters, na semana passada e o LinkedIn também vem ganhando espaço com seu serviço de newsletters. Isso sem falar dos Podcasts… Ih, será que Zuck vai entrar no mundo dos Casts?
/Cashing UpDeals que movimentam o mercado*
*(O Cashing Up é apoiado por Divibank, uma solução inovadora e criativa para empresas em busca de financiamento com foco em growth)
10/ Nubank chega a US$ 25 bilhões em valor de mercadoFintech brasileira levantou US$ 400 milhões em investimento Series G na última semana, uma rodada liderada por Whale Rock, Invesco e GIC. Também participaram da rodada a Sequoia, a Tencent, a Dragoneer e a Ribbit., com isso eles atingiram a marca de unicórnio elevado à 25ª. Para vocês terem uma ideia, a fintech já é o quarto banco mais valioso da América Latina.
11/ Apple ultrapassa a marca de US$ 100 bi em receitas no trimestreQuarto trimestre da empresa teve receita recorde de US$ 111,4 bilhões, puxada pela alta na receita com as vendas de iPhone (17%) e também pela alta de 24% na receita de serviços. Analistas chamam o trimestre de “masterpiece”.
12/ Softbank lança SPAC de US$ 200 milhões para América LatinaEssa veio do Brazil Journal: o Softbank pediu autorização a autoridade financeira norte-americana para levantar um SPAC de US$ 200 milhões para investir numa empresa de tecnologia da América Latina. O instrumento é uma empresa especial para comprar uma empresa e, assim, fazer a abertura de capital desta empresa. Diferente do Latin America Fund, também do grupo japonês, o SPAC é voltado para empresas mais maduras já prontas para o IPO.
13/ Robinhood levanta US$ 1 bilhão com investidores Depois de ser um dos centros das atenções de Wall Street na semana passada – graças aos investidores vindos do Reddit, como contamos aqui, o aplicativo de trading levantou US$ 1 bilhão de emergência com seus investidores para manter a demanda alta de fluxo de caixa trazida pela procura das “ações-meme”. Tanto o Robinhood quanto os aplicativos similares subiram no ranking de downloads das lojas de aplicativos na semana passada, de uma vez.
14/ Coinbase vai abrir capital e busca valuation entre US$ 50 bilhões e US$ 75 bilhõesMaior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos optou pela listagem direta para fazer a abertura de capital – mesmo instrumento utilizado pelo Spotify e pelo Airbnb. Segundo a mídia norte-americana, a empresa busca um valuation de US$ 50 bilhões, mas há quem diga que, no mercado privado, ela poderia chegar até a US$ 75 bilhões.
15/ Ebanx compra 30% do Banco TopázioFintech brasileira comprou uma parte do banco Topázio, em um acordo que não teve os termos financeiros divulgados. O banco é um banco digital, sem agências físicas. A operação mostra um passo que o unicórnio das transações financeiras B2B está fazendo para se tornar mais B2C.
/Hurry Up
Via Varejo lança plataforma de logística para sellers (Neofeed)
Natal perdeu para Black Friday no comércio eletrônico (Estadão)
As 500 marcas globais mais valiosas de 2021 (Brand Directory)
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